domingo, 11 de dezembro de 2011

Apenas para não te ver chorar

A angústia me mata aos poucos
Razão desse silêncio que ensurdece
Sim, eu perdi o controle dessa vez
E não quero que o sol se esconda

Rodeado de paredes brancas
Minha alma está aprisionada
Dentro desse corpo que nem eu conheço
Sangrando por cicatrizes incuráveis

Talvez eu tenha tentado cutucar uma ferida aberta
Confiei demais que o tempo apagaria
Extinguisse algo que ele mesmo construiu
Mas não dessa vez, é muito para se carregar

Você continua a me culpar por ter estado aqui
Depois de todos esse anos
Você é a mesma criança mimada que grita comigo
E que nunca se importou com todas as vezes que eu cai

Quanta dor eu saquei de você
Apenas para te ver sorrir
Agora eu abro a mala
E ela se reflete em mim
Apenas para não te ver chorar

Nenhum comentário:

Postar um comentário