sábado, 1 de janeiro de 2011

Noite de verão

Noite de verão...
O calor me sufoca
Mas o gelo entre nós...
Oh, sufoca muito mais...

Noite de verão com promessas de vida nova...
Promessas que fazemos a nós mesmos...
Que sabemos que não cumpriremos mais uma vez
Mas é necessário pensar nelas para seguir em frente

Promessas infundadas não tem efeito nenhum
Assim como se embriagar para tentar esquecer
Como se um problema suprisse outro
Como se dor física suprisse dor emocional

Noite de verão, em que nada sai como você queria
Mas mesmo assim a noite foi maravilhosa...
Ontem eu vi que passos incertos
Podem sim ser passos corretos

"Pois quando mais precisei com poucos pude contar, só então percebi: com poucos quero estar."
(Clarice Lispector).

Eu só queria não ter deixado a brisa da noite me conduzir
Ter me segurado e mantido a linha do início ao fim
Agora eu vejo o quanto eu errei...
E agora eu vejo que você nunca vai admitir
Que não tem forças pra assumir que ele não pode ser quem eu sou

Você disse que não queria me machucar...
Pois bem, olhe o que você fez...
E eu vou olhá-lo nos olhos e ver que ele não é metade do que eu sou
Você não soube reconhecer que eu sempre estive aqui
Pois bem...Agora você pode esquecer de tudo
Não resta mais nada...

E no fim dessa noite de verão, 
Eu posso sim dizer que sei muito bem o que fiz
E que posso ter errado, mas acima de tudo
Que posso sorrir, por poder respirar sem ti...

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